segunda-feira, 7 de março de 2011

Sabuduria Pupular...

Na sala de espera do Centro de Saúde, uma Senhora de Idade queixa-se a outra das dores num pé.
A outra Senhora mira-lhe o pé de soslaio e diagnostica:
- Tem cuidado, mulher! Olha que se o romantismo te entra no pé... é pra toda a vida!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Elogio da Dialéctica

A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nòs queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nòs
De quem depende que ela acabe? Também de nòs
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aì que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã


Bertolt Brecht

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dia de S. Valentim

"São Valentim, (ou Valentinus em latim), é um santo reconhecido pela Igreja Católica e igrejas orientais que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde celebram o Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.


Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, alistariam-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem invisual, Asterias, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270."

Nós por cá também temos um:


"Os pesquisadores relatam que São Gonçalo do Amarante, viveu e morreu durante o século XII d. C. em Douro, Portugal. Ele era um homem comum, trabalhador, construiu a Igreja de Nossa Senhora, em cima de um rochedo, e diversas pontes sobre rios.

        Em toda sua vida dedicou-se a fazer o bem e transmitir o amor a Deus e a paz espiritual ao homem. Nas suas peregrinações, levava consigo uma viola de cordas, invocava o povo através de suas melodias, tocadas nas rodas de danças formadas ao ar livre, por moças e rapazes.

        Além das mensagens de fé e carinho que transmitia, ele foi exemplo de dignidade e santificação. Existem muitas lendas a respeito do santo protetor das mulheres e dos casais apaixonados. Contam que ele transmite tranqüilidade e alegria a todos. Protege sempre os que amam.

        Ajuda as pessoas a encontrar a pessoa certa para amar e ser feliz por toda a vida. Para alguns, São Gonçalo possui poderes sobrenaturais contra o mal e contra as adversidades. Tanto no Brasil como em Portugal as procissões a São Gonçalo são acompanhadas por rapazes e moças que desejam casar, carregando velas acesas, durante todo o percurso. Se a vela não apagar até o final da procissão, é certeza casar-se no mesmo ano."

Acho uma parvoíce comemorar-se como Dia dos Namorados, o dia em que um pobre bispo romano foi decapitado por defender o amor.

Apesar de toda esta minha verborreia, queria deixar aos presumíveis apaixonados um conselho. Nada é eterno, apenas tentem que seja maravilhoso... enquanto dura...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Reflexões à Esquina

A minha cama dá para uma janela. A minha janela dá para uma esquina. Todos os dias esta esquina é dobrada por centenas de pessoas e veículos, no entanto continua intacta, como intacta continua a sua individualidade.
Não perde a sua personalidade ao deixar-se dobrar constantemente. Ninguém lhe rouba a sua posição ao dobrá-la...

Sempre ouvi dizer: "Mais vale quebrar que torcer". Não percebo porquê. As árvores tombadas por serem demasiado rígidas e oferecerem resistência ao vento, estarão mais aptas à sobrevivência do que aquelas que ondulam e se dobram perante a sua fúria? Eu prefiro mil vezes dar o braço a torcer do que parti-lo... E concerteza que não deixo de ser quem e como sou, por não andar com o braço engessado...

Peço mil perdões mas não entendo o orgulho. Desconfio que me falta o gene correspondente...

Sugestões

Há uma semana enfiada na cama (ordens médicas...), uso a imaginação para me distrair...

Ontem, no blog Elas e Elas descobri um filme que me aqueceu o coração:

Elena Undone

Escusado dizer que o link e o filme só interessarão a quem se interessa por temática lésbica...

Sinopse:
Elena, casada com um Pastor, conhece Peyton numa trama de "coincidências" e a atracção entre duas almas acontece, contra tudo e contra todos. Pelo meio, histórias curtas e reais de amores improváveis... Existe realmente a Sinastria do Amor?