terça-feira, 27 de abril de 2010


Música: Alain Oulman
Letra: Ary dos Santos

Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.


Meu limão de amargura
meu punhal a escrever
nós parámos o tempo
não sabemos morrer

e nascemos nascemos
do nosso entristecer.


Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento


este mar não tem cura
este céu não tem ar
nós parámos o vento
não sabemos nadar

e morremos morremos
devagar devagar.

domingo, 25 de abril de 2010

brincadeirinha...


Se fizesse uma fogueira com todas as ervas do nosso quintal e com todos os papéis inúteis que juntámos ao longo deste tempo todo... Abria um novo buraco na camada de ozono...

sábado, 24 de abril de 2010

Desculpa...


Ganhei força e ando a fazer limpezas.
Dei uma depenada muito grande na hera, desculpa. Tinha muito lixo por baixo e folhas mortas.
Os quadros ainda não caíram: ainda não viste o desbaste na hera, com certeza...
A cozinha está melhor... Aos poucos estou a cuidar da casa e da vida, tal como tu querias.

Não te estou a limpar da minha memória, sabes que isso é impossível. Estou apenas a retocar o nosso ninho para que não fiques triste no caso de vires fazer uma "visita".

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vaticano esclarece declaração sobre pedofilia e homossexualidade

O Vaticano esclareceu, esta quarta-feira, que as declarações do seu «número dois» associando pedofilia e homossexualidade se referiam apenas aos padres.

Em declarações públicas feitas esta segunda-feira no Chile, o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, descartou qualquer relação entre o celibato dos padres e o abuso sexual de menores e afirmou que «muitos sociólogos e psiquiatras (...) demonstraram que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia».

Num comunicado divulgado hoje em Roma, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que as declarações de Bertone se referiam à problemática dos abusos sexuais cometidos por sacerdotes católicos «e não à população em geral».

«As autoridades eclesiásticas não consideram ser sua competência fazer afirmações gerais de carácter especificamente psicológico ou médico, as quais remetem naturalmente para os estudos e investigações de especialistas», disse também Lombardi.

O porta-voz do Vaticano acrescentou que os únicos dados de que as autoridades eclesiásticas dispõem relativamente aos abusos sexuais de menores por padres são os coligidos pela Congregação para a Doutrina da Fé a partir de casos conhecidos nos últimos anos, divulgados há um mês pelo procurador daquela Congregação, Charles Scicluna.

Esses dados, segundo o porta-voz, indicam que 10 por cento dos casos foram de pedofilia «em sentido estrito» e 90 por cento de «casos por definir, sobretudo de efebofilia (envolvendo adolescentes), dos quais 60 por cento se referem a indivíduos do mesmo sexo e 30 por cento de carácter heterossexual».

As declarações do cardeal Bertone suscitaram grande polémica e fortes críticas de associações de direitos dos homossexuais.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sexóloga rejeita qualquer ligação entre abusos e homossexualidade

A psicóloga Marta Crawford recusou hoje qualquer ligação entre pedofilia e homossexualidade, dizendo não compreender qual o objetivo da Igreja Católica ao tentar estabelecer esta relação.

"Não vejo qualquer relação entre pedofilia e homossexualidade. A pedofilia não é só relacionada com comportamentos com pessoas do mesmo sexo. Logo aí a relação nem sequer se coloca. Ser pedófilo não significa ter relações com pessoas do mesmo sexo, significa ter relações forçadas com pessoas de outra idade", afirmou Marta Crawford à agência Lusa.

Numa visita ao Chile, o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, estabeleceu uma relação entre pedofilia e homossexualidade, rejeitando uma ligação ao celibato a que estão submetidos os padres.

"Demonstraram muitos sociólogos, muitos psiquiatras, que não há uma relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-mo recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia", declarou aos jornalistas Tarcisio Bertone, recusando a ligação entre as situações de abuso e o celibato imposto aos sacerdotes.

"Não sei qual é o objetivo da Igreja ao tentar meter tudo junto. A Igreja quer com isso provar o quê? Não estou a perceber a intenção", questionou ainda a sexóloga Marta Crawford.

Para a especialista, é importante sublinhar que a pedofilia é "uma situação clínica diagnosticada", enquanto a homossexualidade "não é uma doença" e "nada tem a ver com situações de abuso sexual sobre outros".

Contudo, Marta Crawford rejeita igualmente uma relação entre pedofilia e celibato: "Existem muitos pedófilos que nada têm a ver com a Igreja. Parece-me demais tentar dizer que todos os homens da Igreja sujeitos ao celibato são potenciais pedófilos. Não é a circunstância que fabrica pedófilos, existe uma situação clínica por trás e essa é uma questão mental"

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dores

Era muito tarde, tinha feito muitos quilómetros para te ver ao fim de cinco longos dias sem ti. Tinha fome, tinha sono e não percebia porque insistias em passear-me de carro pela vila deserta, em vez de irmos para a cama matar saudades. (Soube depois que estavas a ganhar coragem...)
Estacionaste em frente à Caixa Geral de Depósitos (soube depois que foi o único sítio que encontraste com luz...).
E puxaste de um embrulhinho de prenda.
Era uma aliança...
Costumávamos dizer que não tínhamos casado pela igreja, nem pelo civil, porque tínhamos casado pela CGD...
Todos os anos, enquanto pudeste, "agarrávamos" na Madrinha e íamos à porta do Banco renovar os nossos votos.
Para nós foi sempre um casamento a sério: para o melhor e o pior, na saúde e na doença, até que Deus resolveu separar-nos...

Agora sofro a tua ausência, a nossa casa vazia, mas o que mais me dói é a sociedade não me reconhecer o direito ao sofrimento...

B.C.

O início

Reproduzo um texto de Daniel Oliveira no Expresso:

A novela da lei que torna os homossexuais cidadãos iguais aos outros está a chegar ao fim. Começámos agora a fazer justiça a séculos de indignidade.


Como não podia deixar de ser, o Tribunal Constitucional não encontrou inconstitucionalidade nenhuma na lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O voto da esmagadora maioria dos juízes conselheiros foi claro: "não tem por efeito denegar a qualquer pessoa ou restringir o direito fundamental a contrair (ou a não contrair) casamento" e "a extensão do casamento a pessoas do mesmo sexo não contende com o reconhecimento e protecção da família como 'elemento fundamental da sociedade'".

O único artigo sobre o qual o Presidente decidiu não requerer a fiscalização constitucionalidade foi exactamente o que poderia levantar dúvidas: aquele que estipula, na prática, que um homossexual solteiro pode adoptar uma criança mas um homossexual casado não o pode fazer. Por vezes, o que parece ser uma opção moderada torna-se, pela incoerência e a cedência ao preconceito, radicalmente absurda.

Os movimentos que se dizem, não sei mandatados por quem, representantes da família (posso garantir que não representam a minha) já prometeram bater-se por um referendo. Não acontecerá. Mas se acontecesse, a minha decisão estaria tomada: não votar. Apenas porque não me sinto no direito de decidir sobre a vida dos outros, naquilo em que ela não afecta em nada a de mais ninguém. E porque não aceito que a maioria tenha o direito de tirar a alguns o que garante para si própria. A democracia não se resume à vontade da maioria. Isso tem um nome: ditadura da maioria. Em democracia garantimos que uma minoria não decide por todos, mas também garantimos que a maioria não esmaga os direitos de quem está em minoria.

Estes apelos inúteis são os últimos cartuchos de uma resistência à igualdade. Sempre assim foi quando ela foi conseguida. Também os houve quando as mulheres ganharam o direito ao voto ou os negros conquistaram, nos Estados Unidos, os direitos cívicos que lhes estavam negados. Também eles prometeram o fim do Mundo e a decadência da civilização. E cá estamos.

Um dia a homofobia será vista com o mesmo desprezo com que a maioria hoje olha para o racismo. E só nesse dia pagaremos a dívida de séculos que temos para com os homossexuais. Nenhuma ditadura os poupou, quase nenhuma Igreja os tolerou, poucas democracias lhes fizeram justiça. Foram mortos, perseguidos, desprezados, apontados a dedo. O sofrimento que lhes causámos e que lhes continuamos a causar é de tal forma brutal, quotidiano e, por isso, banal, que demorará gerações a ser esquecido.

Hoje começámos, como sociedade, a pedir-lhes desculpa. Um dia isto será apenas história. E olharemos para estes grupos que se mobilizam para impedir a felicidade alheia como grotescas memórias de um passado indigno. Aí sim, teremos acabado o que só agora começámos.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tribunal Constitucional dá luz verde ao casamento homossexual


O Tribunal Constitucional deu esta quinta-feira 'luz verde' ao diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, considerando que as normas enviadas por Belém para fiscalização preventiva são constitucionais.

O juiz conselheiro Victor Gomes foi o relator do acórdão, que teve nove votos favoráveis, dos quais cinco apresentaram declaração de voto, e dois votos vencidos.

As normas agora consideradas constitucionais pelo TC tinham sido enviadas para o Palácio Ratton pelo Presidente da República a 13 de Março.

No requerimento enviado, Cavaco Silva solicitava a fiscalização preventiva da constitucionalidade de quatro dos cinco artigos (1º, 2º, 4º e 5º) do diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O único artigo do diploma que permite o casamento homossexual que o Presidente da República não enviou para o Tribunal Constitucional para fiscalização preventiva refere-se à proibição da adoção por pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo.

A acompanhar o requerimento de fiscalização da constitucionalidade foi também enviado um parecer jurídico subscrito por Diogo Freitas do Amaral.

A proposta de lei que legaliza o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo foi aprovada pelo Parlamento em votação final global a 11 de fevereiro, com votos favoráveis do PS, BE, PCP e Verdes. Seis deputados do PSD abstiveram-se.

O CDS-PP e a maioria da bancada social democrata votaram contra o diploma, bem como as duas deputadas independentes eleitas pelo PS.

O diploma retira do Código Civil a expressão «de sexo diferente» na definição de casamento.

«Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida», é a redacção aprovada.

No entanto, o diploma impede a possibilidade de adopção por pessoas casadas do mesmo sexo.

«As alterações introduzidas pela presente lei não implicam a admissibilidade legal da adopção, em qualquer das suas modalidades, por pessoas casadas do mesmo sexo», prevê o artigo da proposta do Governo.

Lusa / SOL

PS recomenda ao Governo concurso extraordinário de professores

O PS entregou hoje no Parlamento um projeto de resolução que recomenda ao Governo a abertura de um concurso extraordinário dirigido aos professores contratados, para responder às necessidades permanentes do sistema educativo.

«Há um conjunto de docentes que sucessivamente foram contratados de forma permanente pelo sistema, mas que não conseguiram um vínculo ao Ministério da Educação, o que consideramos de certa forma injusto», explicou aos jornalistas a deputada Isabel Coutinho.

A parlamentar socialista admitiu que os «direitos e expetativas» destes docentes têm sido «cortados», sublinhando assim a importância de «resolver» esta situação «o mais rápido possível».

A Assembleia da República discute hoje à tarde dois projetos de lei do PCP e do Bloco de Esquerda e uma petição que visam a integração de professores contratados nos quadros.

Questionada sobre qual seria o prazo razoável para o Governo realizar este concurso, Isabel Coutinho apontou para 2011.

O Ministério da Educação já se comprometeu a antecipar para o próximo ano o concurso de professores, no qual realizará um levantamento das necessidades permanentes do sistema ocupadas por contratados, admitindo transformá-las em vagas de quadro.

«Este concurso [que recomendamos] vai de encontro àquilo que o Ministério já assumiu», explicou Isabel Coutinho.

O projeto de lei do Bloco de Esquerda sobre esta matéria, que será hoje à tarde debatida, prevê a integração imediata dos docentes contratados com pelo menos dez anos de serviço efetivo prestado.

O diploma do PCP estipula que os horários completos dos últimos três anos preenchidos por docentes contratados deem lugar à abertura de lugares de quadro, sujeitos a concurso, e a integração dos contratados com três ou mais anos de serviço.

A deputada do PS revelou aos jornalistas que o partido vai votar contra estes dois diplomas.

Lusa / SOL

Sugestão Literária II


Autor: Teresa Durães
Colecção: Viagens na Ficção
Páginas: 163
Data de publicação:
Fevereiro de 2010
Género: Romance
Preço:
12,00 €
ISBN: 978-972-9646-37-9

A minha mãe conseguiu sobreviver a mais um parto e o meu pai mandou matar um borrego em agradecimento aos Deuses. A minha vida foi consultada nas entranhas do animal. Eu, quinta filha de Enide e Arcio, ainda sem consciência do que me acabara de acontecer, tive um futuro pouco promissor. E para que as agruras com que me iria deparar ao longo da minha vida fossem o mais esbatidas possíveis, recebi o nome de Navia, divindade das águas e das fontes, onde a vida germina, onde a esperança reside.Os tempos eram muito instáveis. Vândalos, Alanos e Suevos atacavam em vários pontos na Gallecia e os Romanos não os detinham. O império afundava-se lentamente, o povo andava desconsertado, cada vez mais escasseavam os alimentos. Lia-se a reocupação nos rostos, nas gentes que vinham em marcha de fuga das terras onde as batalhas se instalaram.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sugestão literária


Autora: Katherine Neville
Reimpressão: Abr/2010
Páginas: 632
Formato: 152 x 235 mm
Editor: Porto Editora

Disponível em 8 de Abril


Conta a lenda que os Mouros ofereceram a Carlos Magno um tabuleiro de xadrez que continha a chave para dominar o mundo.

Sul de França, 1790. No auge da Revolução Francesa, o lendário tabuleiro de xadrez de Carlos Magno, oculto há mais de um milénio nas profundezas da Abadia de Montglane, corre o risco de ser descoberto. As suas peças encerram um intrincado enigma e quem o decifrar terá acesso a uma antiga fórmula alquímica que lhe concederá um poder ilimitado. Para mantê-las fora do alcance de mãos erradas, as noviças Mireille e Valentine deverão espalhá-las pelos quatro cantos do mundo.
Dois séculos depois, Catherine Velis, uma jovem perita informática, é enviada para a Argélia com o objectivo de desenvolver um software para a OPEP. Nas vésperas da sua partida de Nova Iorque, um negociante de antiguidades faz-lhe uma proposta misteriosa: reunir as peças de um antigo xadrez. Cat vê-se assim envolvida na busca do lendário jogo de xadrez e torna-se numa das peças desta partida milenar, jogada ao longo dos séculos por reis e artistas, políticos e matemáticos, músicos e filósofos, libertinos e o próprio clero. Quem está de que lado? De quem será o próximo lance?
Passado e presente entrecruzam-se magistralmente neste thriller excepcional de uma autora de culto em todo o mundo, considerada a grande precursora dos romances de Dan Brown.

Autora:
Katherine Neville nasceu em St. Louis, Estados Unidos, em Abril de 1945. Especialista em Administração e Gestão de Empresas, foi vice-presidente do Bank of America e consultora para a implementação de sistemas informáticos em organizações da área financeira e das energias, como a IBM e a OPEP. Viveu em seis países e em três continentes, e em metade dos estados dos EUA. Dessa vasta experiência nasceu O Oito (1988), que se tornou rapidamente num dos maiores bestsellers mundiais. Vinte anos depois publicou a sua continuação, O Fogo, que a Porto Editora traduzirá em breve (lançamento previsto para Setembro/2010).

10 maiores defeitos de um gastador e como os corrigir


Não saber quanto pode gastar
Elaborar um orçamento familiar. Tomar nota daquilo que ganha e daquilo que tem para pagar todos os meses dá uma ideia muito clara do dinheiro que vai (ou não) sobrar. Parte desse excesso deve ser canalizado para as poupanças, enquanto o restante pode ser utilizado de forma mais liberal.

Comprar por impulso
Não comprar nada sem pensar pelo menos 5 minutos no porquê e nas implicações da compra. Algumas das perguntas que deve fazer a si próprio são: Para que é que preciso disto? Quanto me vai custar ao fim de um ano se comprar todos os dias/semanas/meses? Não tenho já nada igual ou parecido?

Ver apenas o preço imediato
Calcular o valor global de uma compra. Regra geral qualquer compra vai exigir custos adicionais, que por vezes somam mais que o preço inicial. É preciso especial atenção com consumos, produtos complementares, manutenção e despesas recorrentes.

Utilizar crédito para despesas não essenciais
Não comprar ou então pagar a pronto. Pagar a crédito despesas que não são essenciais (por exemplo viagens, equipamentos tecnológicos, jóias, etc) tem o problema de nos levar a comprar coisas acima das nossas possibilidades, uma vez que pensamos no valor a pagar ao mês e não no total. Além disso, neste tipo de compras as taxas de juro são normalmente elevadas, o que torna a opção do crédito muito cara.

Comprar o que não precisa
1: Manter uma listagem daquilo que já tem. Muitas das compras que se acaba por fazer são em duplicado, pois facilmente se perde a noção do que temos e acabamos por voltar a comprar: dinheiro deitado ao lixo.
2: Pensar bem no objectivo que vai concretizar com a compra. A tentação de comprar algo é enorme, mas só o deve fazer se tiver um objectivo bem definido. Para quê comprar um martelo se não tiver pregos para pregar?

Optar por serviços com assinatura mensal
Sempre que possível optar por serviços que se pague apenas uma só vez. Os serviços com assinatura mensal têm o principal problema de gastarem o dinheiro de forma automática, sendo péssimo para uma boa gestão das finanças pessoais. Adicionalmente, é frequente acabar por pagar todos os meses uma coisa que raramente utiliza (por exemplo o ginásio, subscrições de revistas, time-sharing, etc).

Ser um early-adopter
Pensar que adiar a compra por algum tempo trará benefícios financeiros e de funcionalidade. Ao adiar a compra por algum tempo (em certos casos basta umas semanas) poderá comprar os mesmos produtos mas mais baratos e em muitos casos com mais funcionalidades (especialmente na tecnologia).

Comprar por prazer
Arranjar formas alternativas de se sentir bem, tais como fazer desporto, voluntariado, ajudar um amigo ou falar com a família. Quando se efectua uma compra a gratificação pode ser imediata, mas de muito curta duração. Se ao invés arranjar mecanismos mais sustentáveis, irá sentir-se melhor e por mais tempo, enquanto aproveita para poupar.

Não manter um fundo de emergência
Colocar pelo menos 10% dos rendimentos numa conta à parte, logo que recebe o vencimento. O segredo da poupança é torná-la obrigatória e prioritária, pelo que ao colocar à partida uma parte de lado consegue, pouco a pouco, ir acumulando algum dinheiro que pode utilizar apenas numa emergência.

Pagar tudo com cartão
Levantar dinheiro apenas uma vez por semana e pagar tudo com dinheiro. Ao levantar dinheiro apenas uma vez por semana já sabe quanto pode gastar, o que vai ajudar a gestão do dinheiro. Além disso, o facto de pagar com algo físico (notas, moedas) é mais doloroso do que pagar com dinheiro virtual (cartões de crédito ou débito), uma vez que terá o efeito visual da carteira a emagrecer.

É um começo...

O Ministério da Educação (ME) confirmou ontem a intenção de reforçar a autoridade dos docentes, indicou o secretário-geral da Federação Nacional de Professores após um encontro com a ministra Isabel Alçada. Em declarações à agência Lusa, Mário Nogueira afirmou que há abertura, por parte do ME, para considerar a possibilidade de ser reconhecido ao professor o estatuto de autoridade pública dentro da escola, uma das propostas apresentadas pela Fenprof.

Este reconhecimento não significa dar aos professores poderes idênticos aos das forças de segurança. Mas com ele a sanção por agressões de que sejam vítimas poderá ser agravada. E também terão a seu favor o princípio da "presunção da verdade". Ou seja, num incidente, e até prova em contrário, a sua palavra valerá mais do que a dos outros envolvidos, sendo por isso suficiente para dar início a um processo.

Público

Calma...

http://www.youtube.com/watch?v=FWJv7mCblGo

A Coragem

Não sejas nunca medroso!
Fraco embora, tem coragem!
Para fazer a viagem
Da vida, sem hesitar,

É preciso, de alma forte,
Sem ostentar valentia,
Dominar a covardia,
Para o perigo enfrentar.

O medo é próprio do pérfido,
Do pecador, do malvado:
Quem não se entrega ao pecado
Não receia a punição.

Não tem medo quem caminha
Com a consciência tranqüila,
Quem o inimigo aniquila
Com a força da razão!

Não abuses da bravura;
Não afrontes o inimigo;
Não procures o perigo;
Prega o amor! e prega a paz!

Mas, se isso for impossível,
Não fujas! cai batalhando!
E, se morreres lutando,
Morre! feliz morrerás.

Olavo Bilac

Esta Gente


Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome

E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada

Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo

Sophia de Mello Breyner Andresen, in "Geografia"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ausência


Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen