Um amigo meu, farto de sofrer dissabores no amor, clamava para Deus que Ele era injusto, que também ele, pobre mortal, merecia conhecer o amor verdadeiro.
Não sei se foi Deus quem lhe mandou aquela mulher mas ela amava-o verdadeiramente. Deu graças a Deus, o meu amigo? Obviamente... não!
Encontrou-lhe defeitos, erros, imperfeições e desprezou-a, humilhou-a, maltratou-a. Bem, até o amor verdadeiro se farta de sofrer... Ela foi-se e ele continua clamando que Deus é injusto e que ele, pobre incompreendido, merece um amor verdadeiro.
Não deveria ele pedir antes a Deus que lhe abrisse os olhos e o coração, para aprender a amar verdadeiramente?
Maria minha amiga, quanta razão tens.Mas as pessoas são livres nas escolhas e se assim o fazem erradamente foi porque um dia o quiseram. A compaixão por aquele que erra abre portas, principalmente quando se ama verdadeiramente. Assim o acreditei um dia, mas não soube ela amar-me. Foi a sua escolha e em nada se deve nem pode interferir, apenas esperar...
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